2007-01-29

18º

Perdi-me, doidamente, naquele corpo de angulosas formas. Na sua boca meu norte, no seu peito meu centro, no seu sexo meu equilíbrio. A audácia com que em mim se roçava , despertando desejos infinitos, espicaçando os meus sentidos, beijando minha pele. Se pudesse ter pintado numa tela os retalhos de uma vida que corria rápida como água através de degraus de pedra, teria gravado da sua voz o eco , da sua boca o sabor, das sua mãos os gestos, do seu corpo os cambiantes, dos seus gostos o café. Frente ao espelho, desvairada, olho-me a ver se encontro na face o negrume que me vai na alma. A morte arrebatou-mo. Já nada mais quero.
Por: Marta

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17º

(Dado que a Lingua Portuguesa é feita de provérbios, resolvi aceitar o desafio...)

"A inveja toma todas as FORMAS para ferir ...!"
"Em política, uns são alpinistas, outros DEGRAUS ...!"
"Afoga-se mais gente em vinho do que em ÁGUA"
"A cara é o ESPELHO da alma ...!"
"Quem não sabe, tem de discutir o SEXO dos anjos ...!"
"Vida sem amigos, MORTE sem castigo"
"Quem não quer ser lobo, não lhe veste a PELE !"
"Família cresceu, ECOnomia em casa ...!"
"Sem AUDÁCIA não há fortuna ...!"
"Antes cauTELA que arrependimento"
"Amigo remendado, CAFÉ requentado!"
"VENTO NORTE, três dias forte"
"Enquanto há VIDA, há esperança ...!"
"A vingança é uma PEDRA que se volta contra quem a atira ...!"
"A amizade é um amor que não se comunica pelos SENTIDOS ...!"

Por: Miguel

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16º

Contém múltiplas FORMAS
Dá VOZ aos GESTOS com AUDÁCIA
ESPELHO de si própria
Arquétipo dos graus e DEGRAUS
Pode ser fresca como ÁGUA
Ou dolorosa como o NEGRUME do SEXO que leva à MORTE
RETALHOS de VIDA
Ou bússola sem NORTE
Provoca ECO na vasta TELA dos SENTIDOS
PELE percutida com PEDRA
E por vezes cheiro a CAFÉ

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15º

Olha pela janela, para o negrume da noite e deixa-se ficar ali, a testa encostada ao vidro, imerso em pensamentos. Será que ela adivinha as emoções que lhe provoca? Será que conseguirá dela um eco relativamente ao que sente? Ou será que, como parece, para ela é só alguém suficientemente interessante para uma noite de sexo? Esta última hipótese provoca-lhe um aperto no estômago. Abana a cabeça, não se reconhecendo. Pois não era apenas isso que sempre desejou das mulheres com quem se cruzou na vida? Dirige-se à cozinha, põe água na máquina e prepara um café, que acaba por ficar a arrefecer, esquecido sobre a mesa. A ironia da situação fá-lo esboçar um sorriso triste. Ele, a quem tantas vezes chamaram desprendido, indiferente, frio, distante, está agora a provar do seu próprio remédio. Ele, que julgava ter uma pedra no lugar do coração, o hiper racional, vê-se agora enleado nas teias da paixão não retribuída e a sentir um frio de morte a invadir-lhe a alma. Ainda lhe sente o cheiro e recorda, absorto, o som da sua voz cálida, os seus gestos, o calor da sua pele, a excitação que lhe provocou a audácia com que ela procurou o prazer. Há muito tempo que ninguém era capaz de lhe estimular assim os sentidos, não apenas no sexo, mas de todas as formas possíveis e imaginárias, ao ponto de o fazer perder o norte. A perspectiva de ter finalmente encontrado a mulher que nem sabia que desejava, é como uma tela cheia de cor e vivacidade, uma pintura belíssima com que anseia preencher uma vida demasiado solitária. Porque será que o amor é tantas vezes sinónimo de dor? Olha-se ao espelho, reparando nos olhos cansados, nas rugas vincadas… É tarde, precisa tentar descansar. Sobe os degraus, dirige-se ao quarto e estende-se na cama, ainda vestido, puxando para cima de si a velha manta de retalhos que foi da sua avó. Antes de adormecer sente-se invadir pela doçura que lhe transmite a ideia de uma vida a dois.
Nos próximos dias saberá…

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14º

Carpe Diem
À saída da primeira matiné, tropecei nos degraus e antes de aterrar de cu no chão ainda bati com a biqueira dos sapatos nos teus joelhos, desmanchando-te a resma de jornais e revistas que trazias debaixo do braço numas esvoaçantes borboletas que embateram nos vidros da porta do átrio e me serviram de espelho para te adivinhar as formas das nádegas que o casacão escondia. Convidei-te para um café e quiseste também uma água lisa que bebias em golinhos para aclarar a tua voz meiga e modulada como se fosses um locutor de rádio.

Éramos mais dois náufragos da vida da grande cidade e antes da terceira sessão, girámos a bússola para o norte do sexo, esse anti-depressivo militante, trocando o imaginário da tela por travelings das nossas peles e beijos sôfregos em grande plano. Retive a audácia de me deixares sentar sobre o teu peito para cantar ao microfone com aqueles gestos e torções arrebatados enquanto afundavas o nariz num negrume de caracóis.

São apenas retalhos dos sentidos mas antes que a morte ponha uma pedra sobre o assunto e nos redija o epitáfio de que fomos tudo menos aquilo que queríamos fazer, quero afirmar-te que escolhi apaixonar-me por ti e podemos continuar a grunhir ao ritmo do ranger das madeiras e do colchão, a fazer eco da escolha acertada do aproveitamento de cada dia.

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2007-01-28

13º

A vida
Olho-me ao espelho
Todos os dias.
Prolongo esse olhar
pensando na vida.
Numa vida sem norte
sem rumo e sem sentidos.
Por vezes, penso na morte e,
em como ela é, por vezes, apelativa,
pela paz que parece prometer.
São os retalhos que sobraram.
pedaços de momentos e memórias,
que ora se avivam ora se esbatem,
que alimentam uma luta interior permanente
Às vezes parece-me
que já consigo erguer-me
e subir alguns degraus.
Outras,
Sinto saudades da voz,
do cheiro da pele e do sexo.
E volto a cair num negrume,
onde não se vislumbra qualquer luz.
Dizem-me que complico.
Que a vida é mais simples.
Tão simples como a água e
que, tal como ela
nos podemos adaptar
e tomar várias formas.
Mas o eco do passado
Persegue-me.
Não me larga.
Falta-me a coragem,
a determinação, a audácia
para seguir em frente.
Estagnei.
Não consigo mover-meS
into-me uma pedra parada no tempo.
Incapaz de gestos
Incapaz de preparar uma simples chávena de café.
Incapaz de pegar nos pincéis e criar algo
como fazia
e colorir uma tela
com cores vivas e alegres,
como a vida deveria ser.

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2007-01-26

12º

Dezanove

FORMAS com as tuas mãos uma escada com
DEGRAUS que levam o pensamento ao rio onde a
ÁGUA em que se lava o teu reflexo é o
ESPELHO de um rosto em que brilha o desejo de
SEXO de anjo que ilude o fim desafiando a
MORTE e o poder e a vida à flor da
PELE que encobre o sentido da voz chegada em
ECO mudo de vibrações carregando a saudade em
RETALHOS dominados por intenções equívocas de
AUDÁCIA como aquelas que deixaste veementes na
TELA quando com os teus pincéis alegres substituías o
NEGRUME translúcido do medo por cenas vivas de
CAFÉ concerto com dançarinas inebriadas de
GESTOS sob a frieza cortante do vento
NORTE e eu sentado à espera que a
VOZ te não doa e a ligeira doçura da
VIDA se erga violenta e decidida contra a
PEDRA gasta de uma muralha apoiada nos
SENTIDOS proibidos do tempo em que
FORMAS com as tuas mãos uma escada com
...

Por: Ikivuku

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11º

Naquele dia, naquele sítio, àquela hora, gritei com a audácia da felicidade a transpirar de mim, e ali fiquei à espera do meu eco, na esperança que a minha própria voz me encontrasse e me reconhecesse a transformação. Ali fiquei estendida naquela pedra alta, sentindo húmido o meu sexo ao pensar no café da manhã tomado na cama, atrapalhando-me os sentidos ao quase voltar a sentir a pele dele roçando a minha. As imagens surgiam em catadupa, formando uma manta de retalhos, primeiro as formas, depois os gestos, por fim o espelho que reflectia as nossas enlouquecidas provas de amor, uma atrás da outra. O som persistente de água a correr despertou-me o espírito do limbo em que me encontrava, e foi então que o meu eco veio até mim desvanecendo a imagem de felicidade que me ficara. Naquele dia, naquele sítio, àquela hora, muito depois de termos feito amor apaixonadamente, a água corria degraus abaixo em direcção à sala, e a tela que tinha começado pintar estava desfeita em mil pedaços. Senti o olhar frio da morte cravado no meu ser translúcido. Quando vi o meu corpo, um negrume inundou-me a vista e tirou-me o Norte... Uma mordaça impedira-me de gritar enquanto a faca grande, de cabo vermelho, assinalava o sítio exacto onde me fora roubada a vida!

Por: Fábula

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10º

Surgiste, sem se saber de onde, acontecida no negrume da noite, pintada pela audácia do sonho, na tela da minha memória. Porque estava só, inventei-te, como eco e espelho de mim próprio, na voz dos sentidos acordados na insónia, uma pedra no charco desta renúncia. Por isso, vieste sem gestos, sem formas definidas, retalhos subindo, pouco a pouco, os degraus
do meu desejo. Deste voz ao meu silêncio, deste norte à minha incerteza, foste a pele inventada que se colou à minha pele. Depois, por uns momentos, foste a vida que se sorve sofregamente na vertigem do sexo, assim como o condenado à morte bebe o último café que lhe concedem. E tão subitamente como apareceste, assim te desvaneceste, apagada como a espuma do mar que, por ser apenas água, não dura mais do que breves segundos.

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Quando o eco das palavras
Os retalhos de audácia
A vida sem sentidos
A morte e o sexo
Na pele pedra
Tomarem outras formas
Perderei o norte e a voz
Descerei todos os degraus
Até ao espelho de água
E os gestos deixarão
A cor da tela
No negrume do café
De uma manhã qualquer.

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Doces Horas

O sexo dele aponta agora a Norte, fazendo eco dos retalhos de desejo partilhado e das formas exóticas que os gestos dela têm sempre para lhe despertar os sentidos. Ela brinca e ri, excitada, meia despida pelos dedos convulsos dele, coquete e feminina. Brinca com o corpo dele, brinca com o próprio corpo, aproxima-se e afasta-se... E por cada novo jogo, pela antevisão da audácia dela ao fazê-lo quase sofrer pela espera, ele sente o sangue correr acelerado, como a água das cheias de Inverno a galopar por entre o negrume da terra antes ressequida. A pele dela, branca como uma tela ainda virgem, parece pedir que os dedos, a boca, a língua dele, a preencham de cores quentes e de suor. E ele tem cada vez mais urgência naquela petit mort prometida, aquela morte santa de onde renasce cheio de vida. O espelho do quarto devolve-lhe a visão dos dois corpos entrelaçados e o gume erguido do seu pénis endurecido, pedra agora, polvilhado de pequenas pérolas opalinas. E sente que o vício de tê-la não está ainda saciado e, logo pela manhã para que o dia amanheça radioso, esperará que aquela voz sussurrada lhe marque o encontro, como de costume, nos degraus do coreto do meio do jardim onde um dia marcaram o primeiro encontro para um simples café sem açúcar. E as horas anunciadas são doces assim…

Por: Hipatia

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No acto ganha FORMAS,
tombado nos DEGRAUS da vida
ÁGUA escorre dos seus olhos
no ESPELHO vê o futuro,
do SEXO que todos gostamos,
com a MORTE do fruto ,
ficará na PELE a marca
ECO de uma decisão só sua,
RETALHOS de uma vida dura,
AUDÁCIA contra os escolhos,
na TELA desta sociedade
pintada de NEGRUME
no meio de um CAFÉ,
GESTOS condenados,
por gente sem NORTE
darei sempre SIM à VOZ,
de quem interrompe uma VIDA,
escrevo na PEDRA núa
MULHER, respeito os teus SENTIDOS.

Por: Fatyly

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Baixo os olhos para a tristeza pensativa desta chávena de café. Começo por pintar uma tela feita de retalhos dos sentidos, com gestos fortes, mas sem negrume.

Ponho nela o esquecimento de quem já não se vê nas águas turvas deste espelho, de quem vai perdendo o norte à vida e à plenitude das suas formas, esquecendo ao mesmo tempo os ecos da sua pele e a memória esmorecida do sexo sem angústia.

Pinto em degraus todos os passos sem audácia, todos os gestos perdidos e regresso de súbito à mesa de café, onde descansa taciturna a chávena vazia...

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Meu querido
Na tua ausência os dias passam e deixam um vazio. Como se fossem retalhos de uma manta, ou fragmentos de uma tela, e não consigo colar, ao fim do dia, as horas que são retalhos e fica o dia incompleto. Sinto-me tão triste que me sento nos degraus da escada junto à nossa porta, a pensar na minha vida, e o teu amigo António, que decidiu não voltar ao Norte e tentar a sorte aqui, diz-me:- Ele não te quer assim triste, anda vamos beber um café. E eu vou porque sei como vocês são amigos, e porque ele me faz lembrar de ti. Tem gestos tão parecidos com os teus, como o pegar na chávena e não na asa, para beber e ao mesmo tempo sentir o calor do café, e falamos os dois de ti e de mim e como o espelho me diz que estou mais gorda, e ele não que não, que não é verdade ainda. E ontem perguntou-me se já te tinha contado o que aconteceu há dois meses, quando ele me salvou de morte certa ou coisa pior ainda, e não contei porque ainda fico a tremer e quase perco os sentidos e a caneta só de pensar nisso, por isso não te contei nada antes. Foi num dia que fui com a Irene, às compras, depois do trabalho, e quando chegava a casa e subia devagar a escada, porque me sinto mais pesada, a luz apagou-se quando eu estava entre o 1º e o 2º andar, e tudo ficou tão escuro que tive medo de dar um passo em frente ou de voltar atrás. E o negrume na escada era o espelho do meu medo, e toldava-me os gestos, e fiquei parada, colada á pedra do degrau que pisava, perscrutando o escuro, aterrorizada. De repente a luz acendeu-se, ou recuperei os sentidos, e vi o António descomposto de raiva a dizer,- Bandidos. A audácia. E na luz as nossas vozes fizeram eco, a minha e a do António, e desceram a casa da porteira que me viu tão desfalecida que foi buscar um copo de água, e disse: - A menina está bem? E o António que sim, que eu me tinha assustado e caído por isso estava assim com a roupa amarrotada e a blusa aberta…Se não fosse o António, meu querido, quem sabe tinham-me estropiado como naqueles filmes de terror que eu gosto tanto de ver. E nunca mais saberias nada de mim, nem porque estou mais gorda, nem que fiz um teste que diz que vais ser pai. O António manda-te um grande abraço. Se não fosse ele não sei que seria de mim aqui sozinha há dez meses, tão triste sem ti e desamparada sem ti.

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Para não o embaraçar olhei assim de relance no espelho, a fotografar-lhe as formas, enquanto hidratava a minha pele com óleos afrodisíacos; queria que aquela noite fosse assim como… beber um café a transbordar de natas, ao fim da tarde, numa esplanada com vista para as águas da mais romântica Lagoa. Uma tarde que antecipava seguramente uma noite de sexo violento, daquele que faz qualquer um perder os sentidos. Seria audácia minha, talvez não me saísse bem diante daquela figura escultural, mas o negrume que saía do branco da camisa dava cá uma pedra à imaginação! Só numa tela! Não era possível que a realidade me destinasse tão venturosa delícia! Uma mulher até fica atordoada com o eco que sai de uma voz assim! Eu treparia todos os degraus para lhe chegar ao cimo, porque o cimo adivinhava-se lá no topo, e eu… obcecada pelos mitos, tinha de tirar a limpo, antes da morte, a verdade da coisa. Atrapalhada nos gestos, senti-me sem norte no momento em que ele me pôs as mãos em cima! Mas não me dei por vencida. Havia de o fazer em retalhos…

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Se calhar pensas que perdi o Norte!
Era o que faltava era dar-te trunfos assim estampados na tela.
Não, não mudei de formas; apenas fugi da morte.
Conservo o espelho para relembrar o tom da minha pele
E se olhar bem no fundo dos gestos
Nada mais vejo senão o eco dos retalhos da má sorte.
Por isso recuso esse negrume,
Recuso a tua voz, a pedra que a tua mão guarda dia e noite,
Mesmo nas noites em que o sexo nos ligou à vida.
Coisa pouca, digo agora, e parto em busca de ouros sentidos,
Rumo aos degraus que me levam à superfície de uma água pura.
Audácia extrema este desejo de me espelhar em mim.
Venha o café! Não quero ficar assim.

Por: Elipse

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2007-01-22

Poema surrealista

Naqueles degraus com água
Onde a nossa audácia
Faz gestos com formas de vida,
O eco do nosso sexo
Na pedra, voz do espelho
Retalhos de uma tela
Cuja morte causa negrume na pele.
Apanhamos os sentidos
No café do Norte…
Por: Wind

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Parei nas escadas
Pensei em ti
E no cheiro a sexo
Que ainda está em mim...
Contigo perco o Norte
Adoro-te de todas as formas

Olho-me ao espelho
Ajeito a roupa e suspiro
Sinto-te
Fecho os olhos...
Sinto o teu sexo a penetrar-me
A tua pele na minha pele
O eco dos gemidos
A voz rouca
A nossa audácia junta...

A água a escorrer pelo meu corpo
No banho que tomámos
Vislumbro esta tela
Como se de um filme tratasse
Por momentos esqueço os retalhos de uma vida...

Entro e sento-me
Peço um café
Olho para o seu negrume tom
Todos os meu sentidos vivem
A morte não é para mim

Por: Psique

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2007-01-01

Desafio As Palavras

Desafio a quem por aqui passa , a escrever um conto ou um poema, com as seguintes palavras:
FORMAS, DEGRAUS, ÁGUA, ESPELHO, SEXO, MORTE, PELE, ECO, RETALHOS, AUDÁCIA, TELA, NEGRUME, CAFÉ, GESTOS, NORTE, VOZ, VIDA, PEDRA, SENTIDOS.

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Toze

Portugal

tozribeiro@gmail.com


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